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Showing posts from August, 2008

Festival DoSol 2008

Enquanto o MADA deste ano colecionou críticas pela falta de critério na seleção das bandas independentes, o DoSol surpreende. No site oficial , o produtor Anderson Foca vem divulgando as bandas que tocarão nos dias 1 e 2 de novembro na Rua Chile e de 11 a 14 de novembro na Casa da Ribeira. Dentre as potiguares, Foca teve a sensibilidade de pegar o fino do que é produzido por aqui. Brand New Hate, Lunares, Camarones Orquestra Guitarrística, Barbiekill e Rosa de Pedra são as bandas que ultimamente movimentam mais o cenário musical potiguar. Para mim, ainda faltava Bonnies e Automatics para chutar o pau da barraca. Como as duas já são veteranas, entendo o ausência delas na programação. Além delas, temos confirmado: Forgotten Boys (SP), Torture Squad (SP), Carbona (RJ), Mukeka Di Rato (ES) e a banda norte americana The Donnas. Uma escalação que vale já o ingresso para todos os dias do Festival. Ainda ha mais para ser divulgado e sinto cheiro de novidades por vir. Pelo andar da carruagem, t

Era uma Vez Breno Silveira

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Quando o longa " 2 Filhos de Francisco " de Breno Silveira foi o filme brasileiro escolhido para representar a nação canarinha no Oscar 2006, deu para sentir forte cheiro de peixe no ar. Peixada. Sob a batuta da Globo e a fama de uma das duplas sertanejas mais populares do Brasil, o mais-ou-menos longa entrou na lista de filmes brasileiros rejeitados pela academia Hollywoodiana com o seu devido merecimento. Dois anos depois e sem peixe assado, Breno tenta a sorte com outro mais-ou-menos: " Era uma Vez... ". A história é de Dé, morador do morro do Cantagalo no Rio de Janeiro que trabalha num quiosque de vendas de cachorro quente em Ipanema. O jovem apaixona-se por Nina, menina nascida em berço de ouro que mora num apartamento de luxo. Os dois namoram, tem todo aquele romance e problemas por serem de origens diferentes. Ai já viu: família não quer. Problemas. Problemas. Tráfico de drogas no meio disso tudo e toda essa novelinha até um desfecho tragicômico. Para um fi

O jornalismo que forma

A primeira vez que tive contato com Gabriel Garcia Marquez foi na blogosfera. Li, no falecido e-digitais o conto "Avião da Bela Adormecida" e foi amor à primeira vista. Meu segundo contato foi com uma notícia dizendo que ele acabava de lançar "Memórias das Minhas Putas Tristes". Corri para livraria e comprei o livro. Depois li quase tudo o que ele havia escrito. Hoje considero o colombiano o meu autor preferido. Eu comecei a me interessar por literatura e jornalismo cultural, quando eu tinha dez anos e estava em Brasilia. Na casa do meu pai tive contato com a edição de domingo do jornal "Correio Brasiliense". Folhando aquele objeto estranho, encontro um caderno mais estilizado. Batata. Toda vez que eu abria um jornal, procurava esse caderno e sempre o lia. Foi assim que conheci os grupos de teatro de Natal. Era dessa forma que iria procurar o filme que ia assistir. Lendo o jornal, comecei a querer escrever igual. Para isso, comecei a ler. Primeiro Harry Po

O terceiro e chuvoso dia do MADA

Quando a produção decidiu mudar a data da edição de 10 anos do MADA de maio para agosto foi com o objetivo de evitar as chuvas. Em Natal, o período de chuvas dura normalmente de maio a julho. A produção só não contava com um ano atípico na cidade. São Pedro não poupou água. Começou tímido com um chuvisco no início do show de Cordel do Fogo Encantado para culminar num toró que durou o resto da madrugada. Uma pena para Josh Rouse e Seu Jorge, que fizeram bons shows para quase ninguém. A primeira banda a se apresentar no último dia foi a potiguar Rosa de Pedra, que contou com reforço do grupo de dança Cia Xamânica. Eles tocaram as 21h, enquanto eu estava na parada de ônibus, a mais de uma hora, esperando o bendito 56. Não vi, mas pelo que disseram, não perdi muito. Me parece que o que eu realmente perdi foi o som dos paraibanos do Sem Horas. Um rockability muito bem executado. Tudo culpa do maldito sistema de transporte público de Natal, que não permite o cidadão a deixar o carro em casa

A segunda 'bacana' noite do MADA

A segunda noite do MADA foi boa. Apesar de alguns pesares. Como o problema no som e a ‘surpresa da produção’. Lá pelas 23h, apresentador anunciou para o desesperos de muitos. "E para você que gosta de Rappa, depois do último show da noite, o vocalista da banda Falcão estará 'quebrando o barraco' na tenda eletrônica". Confesso que senti arrepios. E, sinceramente, eu não queria pagar para ver o 'barraco quebrando'. Assim como não paguei para ver os natalenses "The Volta", a primeira banda a tocar na noite. Banda que, segundo o seu relise, depois de um tempo parados estavam the volta. Trocadilho cruel. É um daqueles grupos de pop óbvio, com um vocal digno dos melhores apresentadores de rádio da capital. O som não é bom e sinceramente não entendo ainda porque eles foram convidados. Não são bons e nem público tem na cidade. Não valia a pena. Outra que não valeu foi Isaac e a Síntese Modular. Fiquei pensando onde a produção estava com a cabeça quando deci

O que foi a Quinta do MADA

O primeiro dia dos dez anos do maior festival de música de Natal foi regular. A chuva que, ora caía, ora parava e a cerveja Sol a três reais contribuíram para isso. Mas o determinante foi a escolha das bandas. Principalmente da esperada headliner, O Rappa, que fez o mesmo show, em que Falcão falou a mesma coisa, com direito aos mesmos pulos de Falcão e a mesma lição de moral. Já são cinco anos de mesmice. Um saco. A banda uruguaia Motosierra, apesar da excelente presença de palco do grupo, dos rifs pesados, da negada enlouquecida e da crítica natalense que dizia ser a melhor escolha do MADA, não me convenceu. É gritaria, não consigo gostar de gritaria. Um vocal rasgado que me lembra ritmos como grind core e porcarias do gênero. A banda só não é ruim por conta do instrumental, que é do caralho. Para mim foi que nem Sol quente: não desceu. Quem me surpreendeu foi o grupo natalense Brand New Hate. Sangue novo na cena local, a banda fez um show empolgado, mostrou personalidade no som e vo

Amanhã é o MADA

Os blogs sobre música da cidade já estão atentos. A imprensa musical (?) potiguar está de olhos abertos. Amanhã é o primeiro dia do MADA. Os disruptores já fizeram a sua resenha crítica das bandas do festival. Vale a pena ler. O BlogdoRosk vai disponibilizar, como faz todos os anos e a despeito da situação alcoólica do pobre rosk, o seu 'o que achei' do Festival. Parece que será o melhor, apesar dos pesares. É pagar para ver.

O Sorriso

Os cabelos dela paralisados no ar, o perfeito contraste entre o verde do seu vestido e o tom pastel da sua pele, os olhos fechados, o mundo acabando... Vi a fotografia quando a observava dançar. Era linda dançando. Parecia que o universo todo se esgotava dentro dos seus passos. Me senti vivo vendo aquilo. Desejei ela para o resto da minha vida. Desejei morrer vendo-a sorrir. Desejei estar para sempre ao lado dela. Pena que não estava com a máquina fotográfica para registrar aquele belo momento. Pena. Eu a conheci quando minha vida tomava o rumo em meio a putas e goles incessantes de álcool. Escrevia meus versos e andava sem rumo em frias e escuras noites. Ela usava um vestido preto, um par de óculos de grau e seus cabelos loiros caiam na altura do ombro. Olhos grandes de quem tem muito o que contar, tinha por volta dos 1,60m e uma bela fisionomia. Não era a mulher mais bonita do mundo. Nem a mais bonita entre as que me relacionei. Quando ela se aproximou para pedir um cigarro, senti qu