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Showing posts from February, 2008

A Princesinha do Folk

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Lembro de uma vez ter lido no e-zine Armênios sobre a quantidade excessiva de bandas brasileiras que seguem a tendência britânica de fazer o rock e esquecem que a raíz do ritmo vem dos Estados Unidos. Para corrobar a sua tese, o autor do texto cita o fato de existirem poucas bandas que tocam o folk por aqui, música típica norte-americana eternizada pela belíssima voz rouca e sincera do grande Bob Dylan . Pois é, saindo de toda essa tendência do rock tocado por aqui e fugindo da mesmice samba/eletrônico das novas cantoras brasileiras, Mallu Magalhães (foto), de apenas 15 anos e de uma voz tocante e "fofa", vem chamando a atenção da mídia e da crítica com um folk-a-bily ou folk-roll, definições dada pela própria cantora em entrevista para TV Cultura , muito bem tocado e interpretado. A garota demonstra maturidade ao compor e cantar as suas músicas em inglês, e uma baita criatividade na composição das músicas e na escolha do ritmo. A menina é atualmente fenômeno no Myspace e

O que foi o Oscar 2008

Chato e previsível. Essas são as melhores definições para o que foi o maior evento do cinema mundial. Isso para não falar das apresentações musicais, com toda certeza, criadas com o intuito de fazer o telespectador cair no sono. Juro, meus leitores, que quase cedi às tentações da minha cama durante o evento, mas fui forte e consegui, afinal, mais de 3 horas de cerimônia, com direito a muita enrolação, a piadas sem graça e a dublagens chatas (quem dera dominar o inglês nestas horas). Enfim, fato é que resisti e fiquei um tanto decepcionado. O que que custava um pouco de surpresa e dar a Juno o prêmio de melhor filme? Seria bem mais polêmico e divertido e além disso seria pano pra manga pra muito assunto nos blogs nesta semana. Mas enfim, meu destaque positivo vai para Diablo Cody. Quem diria? Blogueira e ex-stripper ganhando um Oscar de melhor roteiro original, um dos prêmios mais importantes da academia. Isso mostra que existe vida inteligente (e muito) nas blogosferas da vida. O neg

Oscar 2008

Não sou nenhum especialista em cinema, mas em função da promoção do Cinemark e da minha mania de me meter nas coisas, fiz, sexta-feira, a minha fezinha para os vencedores do Oscar que será hoje. É bom esclarecer que não vi todos os filmes indicados em todas as categorias, até por questões óbvias de muitos não terem sequer estreado aqui, ou seja, podem aparecer absurdos nos meus palpites. E, ah, vou comparar os meus chutes aos do blog da Ilustrada da Folha: Os meus: Filme - Onde os Fracos Não Têm Vez Diretor - Joel e Ethan Coen ("Onde os Fracos Não Têm Vez") Ator - George Clooney ("Conduta de Risco") Ator Coadjuvante - Javier Bardem ("Onde os Fracos Não Têm Vez") Atriz - Ellen Page ("Juno") Atriz Coadjuvante - Saoirse Ronan Roteiro Original - Diablo Cody ("Juno") Roteiro Adaptado - "Sangue Negro" Filme Estrangeiro - The Counterfeiters ("Austria") Filme de Animação - "Ratatouille" Ilustrada

Atualização

Amanhã atualizo isso aqui, tava preparando uns textos mas não deu certo. Se tudo der certo, amanhã colocarei as minhas apostas pro Oscar, domingo.

BERE é adiado novamente

O festival de música Barulho Estranhos Ruídos Esquisitos foi adiado para o mês de maio deste ano. O BERE, como é chamado, estava marcado inicialmente para acontecer em novembro do ano passado, mas por conta de problemas com patrocínio e com a agenda cultural dos artistas, o festival foi adiado para dezembro de 2007 e posteriormente para março de 2008. A mudança de data de março para maio ocorreu por conta problemas de saúde de um dos organizadores do evento. A produção garantiu que esse seria o último adiamento e que em maio o festival finalmente aconteceria. A organização aproveitou o ensejo para divulgar também alguns nomes que passarão pelo festival em maio. Dentre eles está Bandini (RN), banda formada por alguns membros do Barbiekill (RN) com uma proposta post-punk, bem diferente do eletro-rock característico do quinteto potiguar. Outro destaque vai para o Mellotrons (PE), um dos referenciais de indie-rock no cenário pernambucano que já teve passagens por grandes festivais independ

Juno

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Um nome esquisito. Uma produção independente. Um elenco desconhecido. E um roteiro escrito por uma ex-digitadora, ex-stripper e atual blogueira que usa de uma linguagem nada casual em seus textos. Motivos mais do que suficientes para um filme passar muito longe do mainstream certo? A resposta seria "sim, correto rosk" para 99% dos filmes que seguem mais ou menos essa lógica descrita no parágrafo anterior que afasta, infelizmente, muitos bons filmes do mercado cinematográfico mundial. Foi "ihu, você errou rosk" felizmente para Juno, um longa tão bom ou melhor que a Pequena Miss Sunshine , o azarão do oscar de 2007, que vê um substituto à altura para o seu cargo no prêmio da academia deste ano. Juno encanta. Essa é a melhor definição para a cara de bobo que todo mundo faz ao final do filme. Lendo a sinopse, confesso ao leitor que esperava encontrar mais uma das centenas comédias norte-americanas de execução completamente clichê das quais da primeira cena dá para se i

A Agenda

Bem, a coitada não durou nem 3 meses, mas já vou desistir dela. Os motivos são dois: 1 - Em Natal só acontece as mesmas coisas todos os meses, raramente é que tem algo legal digno de ser posto numa agenda. Tudo bem que neste mês temos Matanza no DoSol (pela zilionésiama vez em Natal), Teatro Mágico no Centro de Convenções e o Monobloco na Continental (tá certo também que o preço dos últimos dois é um absurdo). Mas é exceção, a maioria dos meses são das mesmas festinhas recheadas de bandinhas de hardcore lá no DoSol. Tem quem goste. Eu não. 2 - Garanto que se eu me esforçasse e tivesse tempo para tal, talvez eu pudesse fazer a agenda mensalmente, até naqueles meses mais fraquinhos. Mas tempo, ultimamente para mim, vem se tornando algo escasso. Se algum leitor quiser colaborar com essa parte da agenda, será muito bem vindo. Enfim, é isso. Amanhã (ou depois) sai, finalmente (já to tentando escrevê-la a quase uma semana), a minha resenha sobre Juno e possivelmente um post com a fezinha do

O Canto

Eram belas aquelas penas brancas. De uma forma bem confusa podia perceber que elas refletiam a luz do sol e iluminavam ainda mais aquele lugar sujo e feio que morávamos. Ela andava num molejo, num gingado que chamava a minha atenção e me fazia desejá-la de uma forma que talvez ela não imaginasse o quanto. Seu olhar, por vezes, cruzava o meu, mas era carregado de um desdém e de uma superioridade que baixava a minha crista e me fazia sentir um moleque recém saído do ovo. Não entendia porque, de certa forma, ela não prestava atenção em mim. Talvez não fosse belo o suficiente para conquistar o seu coração, ou ainda fosse pequeno demais para conseguir o interesse dela. O certo era que eu precisava aprender a cantar antes de tentar qualquer coisa com aquela beleza branca que passava tardes naquele caminhar rebolado à minha frente. Cantar porque eu sabia que ela gostava de cantar e gostava ainda mais de parar e observar os machos cantando belas canções que falavam de amor, de perseguições e

Publicidade na UFRN

Muito se tem comentado num texto antigo deste blog que fala sobre a criação do curso de Publicidade e Propaganda na UFRN. À época eu escrevi uma notícia, a pedido de um professor, sobre este fato e a aproveitei para postar aqui. Do mês passada pra cá me surpreendi porque vem aparecendo comentários no texto (santo Google, porque a notícia é velha) de futuros vestibulandos que pensam em fazer Publicidade, mas tem medo por conta da estrutura que o curso vai ter quando abrir. Inclusive, cheguei a me comunicar por email com uma dessas pessoas, tirando-lhe algumas dúvidas. O que tenho a dizer como membro do C.A de Comunicação Social da UFRN e como já um pouquinho veterano no curso, é que Publicidade, com toda a certeza do mundo, vai abrir sem a estrutura adequada. Até por um motivo lógico de ser impossível reestruturar os cursos de jornalismo e radialismo, como foi prometido, e ainda criar um novo com 100% de estrutura em apenas um ano. Acredito que haverá sim uma condição mínima em 2009, m

O Samba

(27/01/06) Aquele som estava alto e tudo estava girando. Aquele samba contava mais uma história de amor. Era um samba forte e lindo. Minha cabeça estava leve, aliás, meu corpo inteiro estava leve, efeito do excesso de álcool. Estava perdido no meio de uma multidão feliz, sambando aquela poesia e bebendo daqueles líquidos maravilhosos que fazem a terra girar. Meus companheiros estavam por ai, em algum lugar próximo ou distante, sambando, sorrindo e bebendo. Eu estava sozinho a ouvir aquela bela poesia cantada, que ninguém parecia prestar a atenção, no lirismo de sua letra. Ah, como era belo aquele samba. A bebida estava acabando. Eu não me importava. O que importava era aquele barulho, aquele torpor, aquele samba perfeito. Minha consciência já não estava comigo. Só o samba. Algumas lágrimas rolavam quando percebia a genialidade do compositor. Aquele samba era feito para mim, falava de mim, dos meus amores, das minhas dores, da minha vida... Era agressivo na batida. Era sutil e belo nas