O que foi a Quinta do MADA

O primeiro dia dos dez anos do maior festival de música de Natal foi regular. A chuva que, ora caía, ora parava e a cerveja Sol a três reais contribuíram para isso. Mas o determinante foi a escolha das bandas. Principalmente da esperada headliner, O Rappa, que fez o mesmo show, em que Falcão falou a mesma coisa, com direito aos mesmos pulos de Falcão e a mesma lição de moral. Já são cinco anos de mesmice. Um saco.

A banda uruguaia Motosierra, apesar da excelente presença de palco do grupo, dos rifs pesados, da negada enlouquecida e da crítica natalense que dizia ser a melhor escolha do MADA, não me convenceu. É gritaria, não consigo gostar de gritaria. Um vocal rasgado que me lembra ritmos como grind core e porcarias do gênero. A banda só não é ruim por conta do instrumental, que é do caralho. Para mim foi que nem Sol quente: não desceu.

Quem me surpreendeu foi o grupo natalense Brand New Hate. Sangue novo na cena local, a banda fez um show empolgado, mostrou personalidade no som e vontade. Eles são bons. Apesar de a minha situação alcóolica estar no auge no momento do show do grupo (três doses de tequila + conhaque + umas latinhas de Sol).

Sweet Funny Adams e Rastafeeling também fizeram bons shows. Incrível como os veteranos da banda de reggae conseguem contagiar com o seu som. E os pernambucanos fazem um som sóbrio e um show acima da média. O resto das bandas (tirando Poetas Elétricos, que não vi), não vale a pena comentar.

Sobre a estrutura do festival, gostei da feirinha e a tenda eletrônica ganhou dois pontos positivos. Um palco. Bem melhor que as edições anteriores em que DJ's ficavam apertados. E bandas. O Barbiekill inaugurou o espaço. Com o jeito, digamos, descolado do performer Daniel Podicrê e dos integrantes da banda, eles mostraram composições novas e boas, que sai um pouco da linha eletro-rock, empolgaram a platéia com o single "Chiclete" e fizeram um show divertido.

De resto, na tenda, foi o mesmo bate estaca de sempre.

A quinta-feira foi isso. Sinceramente, não me empolgou. Espero que hoje as coisas melhorem. Autoramas e Pato Fu prometem um show ótimo. Das independentes, to interessado particularmente por Lunares (RN), Curumim (SP) e Poliéster (RS). O rock gaúcho costuma dar boas contribuições para o cenário nacional.

Agora é esperar.

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