Quem Foi?

Francisco de Assis Chateubriand

O Paraibano Assis Chateaubriand criou e dirigiu a maior cadeia de imprensa do país, os Diários Associados: 34 jornais, 36 emissoras de rádio, 18 estações de televisão, uma agência de notícias, uma revista semanal (O Cruzeiro), uma mensal (A Cigarra), várias revistas infantis e uma editora. (...)

(...) Com o tempo Chateaubriand foi dando menos importância a seus jornais e se focando em novas empreitadas, como o
rádio e a televisão. Na década de 1960 os jornais atolavam-se em dívidas e trocavam as grandes reportagens por matérias pagas. Foi assim, com esse espírito de vencedor, empreendedor, às vezes sem muita ética, mais temido do que amado que Assis Chateaubriand fundou e ruiu em dividas (advindas das novas tecnologias importadas) com o maior império das telecomunicações no país. A sua única obra que ficou para a posteridade foi o Museu de Arte de São Paulo (MASP), com uma coleção privada de pinturas de grandes mestres europeus que ele havia sabido adquirir a preços de ocasião na Europa empobrecida do Pós-Segunda Guerra Mundial (em aquisições por vezes financiadas a base da chantagem de empresários brasileiros), coleção esta que o presidente Juscelino Kubitschek havia tido o bom senso de, durante seu governo, colocar sob a gestão de uma fundação, em troca de auxílio governamental ao pagamento de parte da astronômica dívida do condomínio associado.

Um antiherói dos melhores que esse Brasil produziu. Apaixonantemente corrupto, eu diria de Chateubriand. Ideólogo radical, não poupava palavras para defender o que acreditava, porém, não as poupava também quando era do seu interesse. Uma figura interessante de ser estudada.

Dica de livro: Chatô, o Rei do Brasil

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