Juno


Um nome esquisito. Uma produção independente. Um elenco desconhecido. E um roteiro escrito por uma ex-digitadora, ex-stripper e atual blogueira que usa de uma linguagem nada casual em seus textos. Motivos mais do que suficientes para um filme passar muito longe do mainstream certo?

A resposta seria "sim, correto rosk" para 99% dos filmes que seguem mais ou menos essa lógica descrita no parágrafo anterior que afasta, infelizmente, muitos bons filmes do mercado cinematográfico mundial. Foi "ihu, você errou rosk" felizmente para Juno, um longa tão bom ou melhor que a Pequena Miss Sunshine, o azarão do oscar de 2007, que vê um substituto à altura para o seu cargo no prêmio da academia deste ano.

Juno encanta. Essa é a melhor definição para a cara de bobo que todo mundo faz ao final do filme. Lendo a sinopse, confesso ao leitor que esperava encontrar mais uma das centenas comédias norte-americanas de execução completamente clichê das quais da primeira cena dá para se intuir a última. E, neste caso, com um agravante: uma lição de moral para as jovens adolescentes que engravidam. Mas felizmente Juno passa longe disso com uma história envolvente, diálogos sensacionais, uma interpretação genial da canadense Ellen Page e um filme que passa longe de querer dá lição de moral. Mostra as coisas como elas são. Isso sem falar da personagem principal, responsável por fazer o público inteiro se apaixonar pelos seus trejeitos diferentes, engraçados e, às vezes, até sensíveis.

O filme conta a história de Juno, uma menina de 16 anos, digamos, diferente da qual nos acostumamos nos velhos besteirois americanos. Ela é inteligente, entende de música, sociável e cheia de um sarcasmo e uma ironia capazes de deixar até o lendário Seu Saraiva no chinelo. Pois bem, continuando, Juno, entediada, decide fazer sexo com um amigo da escola. Até aí, ok, mas ela esqueceu de um detalhe: fazer sexo engravida às vezes. Pois é, ficou grávida. Ai já viu né? Contar pros pais, pensar no futuro dessa criança e lidar com a imaturidade dela e do seu amigo e até cogitar aborto. Tudo isso entra no filme de uma forma inteligente e muito divertida que rendeu ao roteiro, assinado por Diablo Cody, uma blogueira, ex-digitadora e ex-stripper, a indicação do Oscar. E ao filme, of course, de azarão para Melhor Filme.

Com toda a certeza, dos filmes indicados pro Oscar que eu vi, Juno é a minha favorita. Melhor Filme e Melhor Atriz e Roteiro Original. Ator Coadjuvante, Javier Bardem (ou talvez Philip Seymour Hoffman) e Ator Principal, George Clooney (Vale ressaltara que ainda não vi o Sweeney Todd de Johnny Deep). Opa... Enfim, mas este é o post da fezinha do Oscar, que to preparando.

Mas atenção, se o leitor tiver sorte de pegar uma boa legenda, o filme pode ficar ainda melhor. Porque, convenhamos, a legenda que saiu nos cinemas, pelo menos nos daqui, está uma tristeza e tira um pouco da graça de alguns diálogos. O ideal mesmo é assistir no PC e depois, se quiser conferir a diferença da legenda, ver no cinema. Eu fiz isso e senti bastante diferença em algumas cenas.

Quem quiser baixar Juno com a legenda certinha, recomendo este site. O link direto pro filme é este. Mas lembrando: os downloads são via Bit Torrent.

Abaixo, o trailler legendado (com a legenda boa, hehe)

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