Considerações sobre a absolvição de Renan

Como todo mundo sabe pelo alarde do noticiário, o senador e mais novo inimigo número 1 do Brasil, Renan Calheiros, foi absolvido na votação de hoje no Conselho de Ética do senado brasileiro.

Tudo acabou em pizza, como sempre, mas permito-me aqui a algumas considerações:

O fato é:

O governo queria a absolvição de Renan porque ele é util para o governo no Senado.

A oposição queria a punição de Renan porque visava as eleições para presidente do senado e queria eleger alguém da sua base, para atrasar as votações do governo e dizer que o governo não faz nada.

Ambos estavam pouco se lixando se Renan era culpado ou não das acusações. Até porque, lobby, concessões de rádio e tv e favorecimento a empresas privadas de parentes é coisas comum pelas bandas do Congresso e do Senado.

O mais irônico da coisa toda é que no senado a maioria é da oposição. Mas 40 senadores votaram pela absolvição do acusado e mais 5 se absteram. Podem ter certeza que teve senador do DEM e do PSDB que votaram a favor de Renan e que deve estar na mídia falando do absurdo da absolvição.

A única coisa boa que se tirou desse lamaçal todo foi o fato de se ter mostrado, de novo, para a mídia que ela não tem o poder todo que ela supõe ter. É engraçado ver notícias e 7, 8 a 10 minutos (uma eternidade na televisão) com a mídia literalmente se lamentando por não ter conseguido colocar o seu dedo na política, conforme ela queria.

O mais engraçado em relação ao nosso modelo democrático é o fato de que os próprios senadores julgam a inocência dos seus colegas. O mesmo acontece na câmara dos deputados. Ou seja, para um político e o seu partido, pouco interessa a culpabilidade ou não do réu, o que interessa é se isso será ou não politicamente melhor para determinado grupo. Isso favorece a impunidade

Mas é o nosso Brasil.

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