O Segundo dia do Coquetel Molotov

O segundo dia em Recife foi mais tranqüilo. Não tivemos muito o problema de se perder na cidade, apesar de termos rodado muito para chegar na livraria cultura durante a tarde. A expectativa do festival estava muito boa, afinal, a programação estava muito boa.

Chegamos cedo no festival para tentar não perder muito shows. As primeiras bandas tocam na sala Cine UFPE, com a projeção de vídeos e no primeiro dia perdemos as três bandas que tocaram na sala Cine, por conta dos nossos atrasos. Mas, mesmo com o nosso esforço, chegamos na metade da primeira banda, a pernambucana Conceição Tchubas. Eu não vi a banda, fiquei do lado de fora analisando a feirinha para ver se achava algo interessante para levar. Pabllo, um amigo nosso que estava na mesma excursão que a minha viu o show e gostou muito. Eu ouvi uma música da coletânea do festival e gostei.

A segunda banda a tocar na sala Cine, foi uma das minhas surpresas agradáveis daquela noite. A sueca Hello Saferide. Mesmo com o desfalque de alguns componentes da banda, eles conseguiram empolgar o público com as suas melodias muito bem cantadas. Elas fazem um som experimental, algo meio folk (sou ruim pra rotular). E cantam de uma forma completamente apaixonante. Saí leve do show delas e já com o objetivo de conseguir o CD. A terceira banda foi a também sueca Suburbian Kids, infelizmente só consegui ouvir uma música porque, ao voltar para a sala cine, não consegui entrar. Estava lotado e um calor filha da mãe. Mas, segundo os meus amigos, o show foi muito bom.

Finalizados os shows na sala Cine, era a vez do teatro da UFPE abrir as suas portas para o público e as bandas que iriam encerrar o festival. Aliás, é fascinante o teatro. Muito grande, confortavel e bonito. Enfim, quem abriu foi os pernambucanos do Vamoz! O som deles é legal, mas confesso que não gostei muito do show. Ouvi-los gravado me soa melhor. Em seguinte foi o Wado. Uma das bandas da cena independente brasileira que eu mais queria ouvir. Com exceção das duas últimas músicas, não achei lá essas coisas.

Depois de Wado, foi a vez da Cibelle mostrar a sua deliciosa mistura de Marisa Monte com Björk. O início do show foi ruim, havia um problema no som que atrapalhou a execução da primeira música (Green Grass). Com o problema resolvido, a paulistana conquistou o público de Recife com as suas belas melodias do segundo CD e a interpretação que ela dava para cada música. Muito belo o show dela e a execução das músicas foram todas muito boas. O público saiu estarrecido e apaixonado pela paulistana e me parece que a recíproca também existiu.

Cibelle acabou e veio, talvez, a banda mais esperada do festival. A francesa Nouvelle Vague. A essa altura, não cabia mais uma viv'alma dentro do imenso Teatro da UFPE. E as francesas não deixaram a desejar. Surpreenderam tanto na performace de ambos quanto na execução das músicas. Além disso tudo, elas ainda distribuíram whisky para a platéia durante a música Too Drunk to Fuck e conseguiram fazer com que o público inteiro cantasse, sem a banda, durante alguns minutos, a música Love Will Tear Us Apart Again. O clímax do show.

Ao final estávamos todos felizes e prontos para voltar para a casa. O Coquetel valeu muito a pena e com toda a certeza estarei lá no ano que vem.

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